quarta-feira, 28 de março de 2012

Você conhece alguma organização que não erra?


Assim como a pessoa física em algum momento erra, a jurídica não seria diferente, uma vez que ela, essencialmente, é composta de gente.

Como condição até divina, o erro deve ser entendido como a possibilidade ou mola mestre para ações de mudança e melhoramento administrativo, buscando aperfeiçoar os métodos de trabalho e se antecipar a futuros desastres.

Assim como em nossa condição humana, aprendemos e amadurecemos mediante nossos erros, as empresas o deveria fazer, mas raramente tem essa consciência, uma vez que está mais preocupada em identificar a pessoa que errou e puni-lá.

Toda empresa que quer crescer sadiamente tem a obrigação, difundida como política, de reconhecer seus erros de forma mais ágil.

Mas o que vemos no mercado, são algumas doses de autoproteção, até justificável, por parte dos colaboradores, devido a um antagonismo ferrenho, onde as organizações buscam profissionais mais audaciosos e criativos, mas não lhe dão a tolerância do erro.

A sensação que tenho é de quando li o livro Vidas Secas, de Graciliamos Ramos, na parte em que Fabiano e o Soldado Amarelo entram em confronto; de forma que a condição humana e as relações de pode incursionaram-me a uma reflexão da condição também dos colaboradores, principalmente da frente de atendimento, que mais parecem ser como o Soldado Amarelo, que está ali representando um poder, que ele mesmo não possui.

E a prova é tanta de que o pessoal da frente de atendimento não o possui, que quando um cliente manda chamar o gerente, não há esse atendente, que não trema nas bases, que não fique receoso de ter sua imagem abalada e quiçá de perder o emprego.

Pois bem, fácil é apontar os erros de uma organização. Mas e as soluções? 

Gostaria muito de responde essa questão, apenas dizendo para contratar um administrador especialista. Seria até um primeiro passo, mas a questão é muito mais complexa e necessita de tempo para ser trabalhada como formato de uma cultura organizacional.

Sabemos que processos e métodos de trabalho bem definidos ajudam e que uma empresa mais humana também contribui. Contudo, a organização deve ser estudada em especifico, para que se crie uma identidade diferenciadora competitiva, dentro de um controle nem tanto restritivo, nem tão aberto a erros.

A grande verdade é que erros somente podem ser corrigidos, se forem informados a gerencia. E alguém tem que ceder.

Por que papagaio, assim como a galinha, não vai para a panela? Porque tem voz! E isso lhe aproxima da condição humana. (Ainda pensando no livro Vidas Secas!).

Um comentário:

  1. Gostei muito do texto, na verdade gosto de todos.
    O que gostaria de frizar neste em especial é o fato de as empresas começarem seus erros não capacitando seu pessoal, dando assim margem para evetuais desgastes administrativos.
    Parabéns pelos ótimos e bem elaborados textos.

    ResponderExcluir