quarta-feira, 28 de março de 2012

Você conhece alguma organização que não erra?


Assim como a pessoa física em algum momento erra, a jurídica não seria diferente, uma vez que ela, essencialmente, é composta de gente.

Como condição até divina, o erro deve ser entendido como a possibilidade ou mola mestre para ações de mudança e melhoramento administrativo, buscando aperfeiçoar os métodos de trabalho e se antecipar a futuros desastres.

Assim como em nossa condição humana, aprendemos e amadurecemos mediante nossos erros, as empresas o deveria fazer, mas raramente tem essa consciência, uma vez que está mais preocupada em identificar a pessoa que errou e puni-lá.

Toda empresa que quer crescer sadiamente tem a obrigação, difundida como política, de reconhecer seus erros de forma mais ágil.

Mas o que vemos no mercado, são algumas doses de autoproteção, até justificável, por parte dos colaboradores, devido a um antagonismo ferrenho, onde as organizações buscam profissionais mais audaciosos e criativos, mas não lhe dão a tolerância do erro.

A sensação que tenho é de quando li o livro Vidas Secas, de Graciliamos Ramos, na parte em que Fabiano e o Soldado Amarelo entram em confronto; de forma que a condição humana e as relações de pode incursionaram-me a uma reflexão da condição também dos colaboradores, principalmente da frente de atendimento, que mais parecem ser como o Soldado Amarelo, que está ali representando um poder, que ele mesmo não possui.

E a prova é tanta de que o pessoal da frente de atendimento não o possui, que quando um cliente manda chamar o gerente, não há esse atendente, que não trema nas bases, que não fique receoso de ter sua imagem abalada e quiçá de perder o emprego.

Pois bem, fácil é apontar os erros de uma organização. Mas e as soluções? 

Gostaria muito de responde essa questão, apenas dizendo para contratar um administrador especialista. Seria até um primeiro passo, mas a questão é muito mais complexa e necessita de tempo para ser trabalhada como formato de uma cultura organizacional.

Sabemos que processos e métodos de trabalho bem definidos ajudam e que uma empresa mais humana também contribui. Contudo, a organização deve ser estudada em especifico, para que se crie uma identidade diferenciadora competitiva, dentro de um controle nem tanto restritivo, nem tão aberto a erros.

A grande verdade é que erros somente podem ser corrigidos, se forem informados a gerencia. E alguém tem que ceder.

Por que papagaio, assim como a galinha, não vai para a panela? Porque tem voz! E isso lhe aproxima da condição humana. (Ainda pensando no livro Vidas Secas!).

sexta-feira, 9 de março de 2012

RECLAMAÇÃO!

Formador de Opinião na Rede Social
"Todos os clientes do Cinemark do Shopping Mid Way Mall, que se sentem desprestigiados por serem canalizados após o término das sessões, diretamente para fora do shopping no estacionamento, local quente, chega temos um choque quando saímos e para retornar a área de lojas ou praça de alimentação, temos que dar uma volta e entrar novamente no Shopping, temos a sensação que fomos expulsos, que devemos ir embora, acho que não deveria ser desta forma. Está tudo errado. Quem achar essa atitude incorreta por parte da administração do cinema, favor compartilhar. Vamos à busca de um tratamento digno, afinal sustentamos todos eles. Vamosssss... Grato." Autor: Hérculles.

Esse é um elegantíssimo “reclame” que achei postado no Facebook.  E entendam reclame, como propaganda mesmo, em formato de reclamação, sem custos diretos ao reclamante e bem eficaz para chegar aos olhos do povo natalense e, quiça se forem inteligentes, a alta gerencia do cinema.

É lógico que esse cliente não vai deixar de freqüentar as melhores salas de cinema de Natal, que são as do Cinemark, por isso. Porem esse tratamento para com os clientes é realmente bem estranho de ser oriundo de uma empresa desse porte e mais, de ser negligenciado pelo shopping Midway.  

Os ditos fortes que se cuidem, pois o mundo tá rápido e as opiniões mais fáceis de serem expressadas.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Passado e Futuro no Presente. (Que frase ultrapassada)



Um dos grandes prazeres dos aficionados por música é quando elas retornam, fruto do trabalho de grandes profissionais.
Vi alguém falar na televisão, que existe um fenômeno do rock que de 20 em 20 anos as novas geração costumam ressuscitar, curtir, tocar e estudar hits antigos. E isso ocorre com os outros ritmos também. É fato que uma boa parte da população parece congelar no tempo e passam a escutar, por toda a vida, sempre os mesmos hits de sua adolescência. Mas acredito que isso ocorra, pela crença principalmente de nossos pais, em achar que “a nova musica” realmente não presta.
Muitas Músicas que foram sucesso há tempos atrás são maravilhosas para serem escutadas uma única vez, em um único dia, a cada ano, porque na época, ninguém mais as agüentava de tanto serem repetidas. Tenha noção de que, quem tem uma profissão ligada a musica e o seu público é de festas que rolam todo o tipo de gênero musical, o hit da discoteca Macho Macho Man, é uma pedra no sapato. Aliais, na época em que foi lançada ela já não prestava...
Imaginem o “Nossa Nossa, Assim Você me mata” daqui a 20 anos?
É do dia-a-dia, ou melhor, noite-a-noite de quem toca, substituir alguma música que não gostam, mas que caio no gosto do povo. Seria digamos assim, a que não pode faltar, mas que são muuuito ruins, porem a pista ama. Substituí-las dá um trabalho enorme e se faz tentando manter a pista pegando fogo, para não dar espaço para alguém pedi-lá.
O pesadelo é quando, um DJzinho ou bandinha, com as devidas desculpas da expressão, “provindos das profundezas do inferno”, decide ressuscitar uma música ruim depois de 1000 anos de morta, cremada e enterrada no concreto. Tenho visto muito disso na Internet, mas como o volume de informação dela é gigantesco, graças a deus, parte da porcaria não vinga e o que há de maravilhoso, quase sempre, ouço serem executadas em algumas festinhas.
Maravilhoso é quando elas somem dos CD’s caseiros e voltam em versões remix atualizadas. É a gloria. Principalmente quando a versão original, que provavelmente perdeu o pique, volta com suas características respeitadas. Optando-se pela nova roupagem, é possível presenciar em uma “nova pista” um hit que já foi seu em outras décadas. Isso não tem preço!
É certo que alguns músicos e DJs não conseguem repaginar sem tirar a essência e acabam trazendo de volta o que nunca tocou. Tornando-se, na tentativa de fazer o novo, ironicamente, ultrapassados. Lançando uma moderna maquina de datilografia, para uma geração completamente informatizada.
E seguem rumo à desqualificação de seu trabalho, ou melhor, do trabalho de outro!

“As 4 da matina, qualquer som é da hora!”


 Essa é a frase que de vez em quando é incursionada aos meus ouvidos. E entenda incursionada como uma invasão hostil em terra inimiga.

Trabalhando como DJ, já fui e já vi muitos serem vaiados as 04 da matina por terem posto um estilo ou uma música que não cabia ao horário, ao público e/ou ao ambiente.

Ouvi, absurdamente, até por gente da área, como donos de salões de recepções, funcionários de casas noturnas, decoradores de festas etc., porem o que mais me impressionou, foram pessoas que vivem de música arrotar essa idéia. Acho que é um triste caso em que a frase só serve para aquele exemplo, ou esse exemplo só serve para essa situação, algo assim...

Quantos por cento se atribui ao álcool como combustível da festa alegre e quantos são da música certa, na hora certa? Tenho uma intuição para a resposta, mas acho que todo profissional da música deve tentar decupar cada festa para obter essa resposta.

Decupagem foi uma expressão que aprendi em um curso de roteiro para vídeos, que consiste, originalmente, no ato de recortar, ou cortar dando forma. O método, muito utilizado no jornalismo, nada mai é do que observar a cena dando resposta para sete perguntas básica: ONDE é a festa? QUANDO é a festa? COMO foi planejada a festa? QUEM esta na festa? COM QUEM está na festa? POR QUE estão lá? PARA QUEM é a festa?

Essas perguntas ajudam na qualificação do ambiente, que muitas vezes não é o que estamos acostumados freqüentar, contribuindo para evitar a garfe e possíveis desentendimento.

Por via das duvidas, a verdade é que certamente ninguém acredita que um profissional, suponhamos, que tenha uma jornada diária de 8h, trabalhasse 7 horas com afinco, cuidado e eficiência e, na ultima hora de sua jornada, trabalhasse como lhe desse na cabeça.

Por isso é recomendado pelo profissionalismo, lavoro até a última hora do contrato.



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

“Se quer mesmo ser feliz, vai ter que aprender a ignorar muita coisa.”


Dr. House,
É uma aclamada série médica norte-americana, criada por David Shore e exibida no Brasil pela Rede Record e pela Fox. O personagem principal é o Dr. Gregory House, interpretado pelo ator inglês Hugh Laurie. É um infectologista e nefrologista que se destaca não só pela capacidade de elaborar excelentes diagnósticos diferenciais, como também pelo seu mau humor, ceticismo, sarcasmo, pelo distanciamento dos pacientes e comportamento anti-social (misantropia), já que ele considera completamente desnecessário interagir com eles.

Em uma conversa muito proveitosa, um amigo meu, aqui a quem vamos chamar de Dr. Armando, relatou-me que essa célebre frase havia chegado até ele, pelo Facebook, na semana passada, como uma daquelas gotas que não para de pingar, mesmo que se tente apertar a torneira. 

Dizia-me:

- Passei os dias a pensar intermitentemente, na sabedoria cruel, que acabou por me despertar, talvez do que resta do principal sonho que ainda permeia em meu ser. O de tentar revolucionar o mundo ou pelo menos o mundo dos que estão a minha volta. Muito embora, em certos momentos, pensara: já deveria tê-lo deixado escapar.

- Ainda no inicio de minha adolescência, me foi apresentado por meu pai, uma frase de Léon Tolstoi: “Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.” E fiz dela, aliado aos meus estudos, um caminho para melhorar como pessoa e passar a ser exemplo, pois só assim, tornando-me espelho, poderia influenciar outros, para se auto-melhorarem e assim por diante. Achava que essa seria a pista para a estrada da verdade, capaz de fato de me tornar semente de uma revolução.

- Na trilha desse caminho em ser Doutor, achava que deveria manter a capacidade de indignação e a coragem para expressar verdades, ditas por mim melhores, mesmo que a principio magoassem alguns.

- E confesso: Coitado de mim! Pois por um bom tempo, enveredara, sem perceber, por uma armadilha deprimente. Porque para que tal idéia fosse posta em prática, necessariamente, eu deveria ser melhor do que os outros e, o pior, me mostrar melhor. Deveria ganhar espaço, tornar-me líder, mostrar que sabia. Então, Julgar, julgar e julgar seria a palavra de ordem. Propor, propor e propor também. E demorei muito para fechar essa torneira, mas acho que fechei a tempo, embora de vez em quando, ela dê umas pingadinhas, como agora, relatando-lhe tudo isso. 

- Mas saiba que esse momento foi uma decisão.  Veja bem:

- Minha formação é em administração. 90% das palestras que assisti, ditas para administradores, foram de psicólogos, jornalistas, médicos, políticos, juristas e até camelô falando de marketing pude presenciar, dentre outros. Mas percebam: em quantas palestras para advogados tem administradores falando sobre comportamento do consumidor? Em quantas palestras para médicos, tem administradores palestrando sobre gestão? (o grande problema da saúde), Em quantos congressos de psicologia tem administradores ministrando conceitos de cultura organizacional? É como se todos fossem dotados de conhecimentos profundos sobre administração, que o mundo precisa atentar e, os administradores não fossem profissionais de opiniões científicas e práticas interessantes. Quando percebi, senti a desvalorização da profissão que escolhi e que tento manter o orgulho.

- Também percebi que nos bares da vida, todos depois de quatro copos, sabem tudo de tudo. Passam descaradamente para o personagem gente de sucesso, gestores natos e palestrantes influentes. Rebatem conceitos, que nunca estudaram ou refletiram em profundidade, argüidos de que a teoria nada tem haver com a prática. 

- Nas faculdades em que passei, os títulos valem mais do que a capacidade de expor os conhecimentos e envolver os alunos. 

- No mundo real, o ter é definitivamente, mais importante do que o ser!

- Pois meu amigo, na contra maré, das grandes prioridades elegidas para minha vida, foi nesse momento em que “mostrar saber ganhar dinheiro”, apresentou-se como a fórmula, incontestável de respeito, que todos esperam dos outros e principalmente de mim.  Seria como um cartão de visita, que impõe respeito, demonstra poder, capaz de aguçar a admiração, ou quiçá a inveja, em direção a minha pessoa. E isso se faz mostrando bens materiais, você sabe, né?

- Mas hoje, em plena consciência, da armadilha do conceito mostrar ter, foi que decidi fechar a torneira de meus conselhos. Não me sinto tentado a me mostrar, embora certamente seja inevitável. Conforto-me pela frase de que “santo de casa não faz milagres” e sigo na árdua postura de tentar ignorar “os ignorantes”, para não me mágoa e muito menos a eles. Apenas busco “fazer milagres em outras paróquias”!

- Hoje em dia nem pitaco sobre melhorias no atendimento em uma loja eu profiro mais! E você sabe que é a especialidade que mais me identifico.

- E Assim busco extrair conhecimentos em territórios temidos. Mas é um exercício de humildade, onde me sinto muitas vezes ator e fico a me perguntar toda a semana “o que é que estou fazendo aqui?”

- Ignorar coisas tem seu custo e isso eu sei! Mas Assim sigo, tentando não me tornar um Dr, House.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

NOVOS CONCEITOS DE COISAS ANTIGAS. FUNCIONAM?

Tenho a tendência de enxergar os modismos da administração com muita desconfiança, já que a História nos ensina que alguns casos, como por exemplo a Reengenharia, chegaram a destruir o que já estava ruim.

A mais nova que encontrei foi o conceito MST. Mas calma, não se trata do Movimento Sem Terra, mas de uma metodologia, dessas que reorganiza os conhecimentos em uma ênfase sistêmica de ações e conceitos que já sabíamos, mas que vem surtindo grandes resultados nas organizações. Trata-se da Mudança de comportamento, Sistematização de procedimentos e do Treinamento.

Sabemos que a Reengenharia falhou, não pelo conceito em si, mas pela má aplicação dela, por isso, ainda com o pé atrás, mas com muita curiosidade, segui a frente nas leituras dessa nova abordagem, tão antiga para mim. Vejamos:

O Problema

A tendência a administrar no escuro, de forma que grande parte das empresas que estão trabalhando no vermelho, chegaram a esse patamar por não terem uma metodologia de trabalho que as direcione, através de procedimentos, para o cumprimento de metas e atingimento de objetivos.

O não conhecimento de alguma pesquisa sobre o ramos de atividade, a concorrência, de estratégias mercadológicas capazes de fomentar um simples planejamento.

A inexistência do básico, do mais básico, em planejamento para dar forma e sustentação a empresa, como o delineamento da missão, visão, objetivos e metas. O que seria um pressuposto para o estabelecimento de processos a serem aplicados nos diversos setores da empresa.

Erros nos processos, de forma que estes se estivessem bem delineados seriam capazes de produzir a melhoria de qualidade e de produtividade, reduzindo custos.
Esses tais processos seriam as ações ou atividades, que bem definidas e devidamente executadas, levam a obtenção dos resultados esperados no planejamento, ou seja, seriam como um conjunto de ações que objetivam atingir uma meta. 

O alinhamento desses processos são capazes de atingirem as metas, que atingem os objetivos, traçados em conformidade com a missão empresa. Cumprindo-se a missão.

Porque os Processos Falham

Tudo o que é operado por pessoas, são passiveis de falhas. Erros de comunicação, má compreensão do que se está fazendo, incapacidade de realização de tarefas etc., são corriqueiras justificativas encontradas para o não cumprimento de tarefas simples. Todas essas são falhas provindas da inexistência ou do mau treinamento.

A Justificativa do Método

Nada pode ser melhorado se não houver uma mudança de comportamento das pessoas que fazem parte de todo esse processo. Dessa forma a metodologia MST surge como forma de concentrar as energias para ajudar as organizações a desenvolver o potencial das pessoas e estabelecer procedimentos.

Mudança de comportamento
Sistematização de procedimentos
Treinamento

A Mudança de Comportamento
 
Deve ser de todos, desde o proprietário da empresa até os funcionários. Sendo necessária para que todos possam enxergar a empresa sob uma nova perspectiva, uma vez que muitos paradigmas serão quebrados, em função da empresa poder crescer de forma sustentável.

Esse crescimento, dito sustentável, nada mais é que projetar a organização para que em seu desenvolvimento, ela seja capaz de lucrar, de forma menos dependente das oscilações do mercado e de outros fatores externos.

A Sistematização dos Procedimentos

Nada mais é do que por uma pessoa ou equipe com conhecimentos em administração para observar e estudar os procedimentos da empresa e, a partir dessa observação, traçar novos procedimentos ou melhorá-los e ainda extinguir os ineficientes. Isso é feito para que todos sejam capazes de seguir uma mesma linha de ação.

Ao sistematizar, padrões são estabelecidos, mas deve-se deixar espaço, para linhas de ação individual, que seja capaz de personalizar o atendimento, mediante cada necessidade do cliente. 

Treinamento
Seria a mola propulsora para que tudo isso funcione. O treinamento inicial seria o mais importante, pois funciona como se reiniciássemos um computador para que ele se organize e volte a funcionar melhor. Esse deve ocorrer seguindo desde o primeiro momento de mudança de comportamento até o estabelecimento dos padrões de ação dentro da empresa e posteriormente para objetivar melhorias e algumas reformulações em outros momentos.

A regularidade desses treinamentos serve para medir os resultados, averiguando se seguem alinhados com o planejamento estratégico da organização.

Condição para o Sucesso

Todas essas ações somente deveram ser realizadas por profissionais capacitados, com conhecimentos profundos da teoria e experiência na prática. Deve-se prever, para prevenir as rotinas engessadas, que possam levar ao robotismo.

Minhas Conclusões

A proposta é implantar um método capaz de modificar comportamentos e sistematizar procedimentos através de treinamentos constante. Até ai eu traduzo como o objetivo de um curso de administração.Porem o gestor somente busca mudanças quando a empresa já tá bem atolada, sem condições financeiras para investir no estudo e implantação do método. 

Nada de novo – De novo! Contudo, acho que o que foi criado é um jeitinho enxuto e mais fácil de vender uma consultoria. Como se fosse formatado um novo produto, para se vender os serviços. Nesse sentido eu gostei.

Atendimento Eficaz não é sinônimo de Frieza e Robotismo!


              Muito tenho visto em organização, ditas com padrões de atendimento bem definidos, a frieza dos atendentes. E isso muito me preocupa, pois sei que essas pessoas, embora estejam em contato diariamente com tantas outras, ao logo do tempo, sentir-se-ão “sozinhas em meio à multidão”. Fechadas na introspecção, em sua timidez, em um “padrão” para evitar o erro, de forma que não interagem, não trocam idéias, não se relacionam, não fazem amigos.
       
  Essas pessoas até atendem de certa forma eficaz, mas jamais eficiente, já que não encantam o cliente.

             Sou Nordestino e confesso que quando viajo a cidades a partir do centro até o sul de nosso pais é bem mais comum encontrarmos esse comportamento . Alguns Antropólogos relacionam esse comportamento: 

1- As pessoas de metrópoles, que tendem a se resignar mais a pessoas estranhas; 

2- A herança comportamental familiar de imigrantes de países menos calorosos;

3- A ranços da Historia, que se projetam em descendentes de famílias imigrantes provenientes da 2° Guerra e;

4- A absorção de modelos de comportamento empresarial de multinacionais Americanas, japonesas, francesas e alemães, dentre outros, que de fato, não servem como modelo para se trabalhar em atendimento ao público no Brasil. 

            Reconhecemos que quando somos tratados de forma distante, temos a impressão de estarmos incomodando, ou pior, de que o atendente se acha superior – É realmente desagradável. 

            Desde pequeno escuto que o melhor do Brasil é o brasileiro, justificado por esse calor humano bem característico de nossa miscigenação. Sim é verdade. E quando nosso mercado atentava para a indústria do turismo e nossos equipamentos de recepção hoteleira, infra-estrutura de transporte, comunicação e entretenimento ainda engatinhavam frente aos Estados unidos e a Europa, nos ainda assim, conseguimos encantar esses clientes estrangeiros, não apenas pela exuberância e exotismo de nossas belezas naturais, mas como, principalmente, pela alegria e gentileza de nosso povo.

            Não há espaço para encantar um cliente no robotismo dos atendimentos das empresas aérea, nos telemarketings receptivos das empresas de telefonia, nos desdém típico dos cansados funcionários públicos etc. Na verdade esse comportamento ainda existe porque somos reféns desses serviços. 

            Faço aqui um destaque para a incompetência generalizada de nossos DETRANS, Policias civis e militares e as equipe de saúde que nos atende através do SUS. É comum a esses funcionários deixarem de agir como se fosse uma pessoa, repetindo sempre a mesma coisa, da mesma forma, com os mesmos movimentos errôneos, como robôs do caos generalizado. 

            Será que não temos, pelo menos, uma mente atuante capaz de modificar esse quadro? Ou ainda teremos de importar modelos estrangeiros falhos que não servem para nossa cultura?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012



"A qualidade nunca se obtém por acaso; 
ela é sempre o resultado do esforço inteligente."

John Ruskin.

Arquivos Ocultos

Outro dia escutei que nosso cérebro funciona semelhante ao Hd do computador e que, assim como um computado, possuímos pastas desorganizadas e muitas vezes corrompidas, que deveriam ser excluídas, mas não o fazemos e seguem sempre a disposição para o uso não inteligente.

O Cérebro é de fato uma máquina fascinante e sofisticada, mas que não vem com o manual de todas as funções, o que o torna indecifrável e misterioso com seus milhões de meandros e facetas desconhecidos. São tantos mecanismos de aviso, de alerta, de alarme, e de advertência que é difícil, comparado a uma máquina, dizer quando um desses é posto no mercado sem ter passado pelo controle de qualidade.

Mas dentre todos os seus mecanismos, o cérebro humano possui três, de grande importância e que são estudados pela psicologia e para-psicologia, que são o ID, o EGO e o SUPEREGO.

ID é a parte original, a partir da qual, posteriormente desenvolvem-se as outras duas. É responsável por satisfazer nossas necessidades básicas desde o começo da vida. Sua atividade consiste em impulsos que buscam o prazer, desejando a gratificação imediata e não tolerando a frustração. É o nosso lado instintivo, que não mede as conseqüências dos atos para se satisfazer.

O EGO é a parte que aprende a controlar os impulsos, decidindo se estes devem ser satisfeitos imediatamente, mais tarde ou nunca. Sua principal função é agir como intermediário entre o Id e o mundo externo. A criança, na proporção que se desenvolve, vai descobrindo que existem normas e regras estabelecidas pelo meio, que se repetem com muita freqüência e que acabam incorporando-se à estrutura psíquica, constituindo o Superego. Seria o que chamamos de “dor na consciência”.

O SUPEREGO representa a resposta imediata, o “certo” ou o “errado”, diante de várias situações que exigem uma tomada de posição, sendo o impulso de censurar a tudo, a todos e principalmente a nós mesmos.

Diariamente recebemos grandes doses de conceitos do que é certo e errado e, sem que percebamos, acabamos por absorver, abastecer e salvar em nosso HD.

Quando nossos pais investigam nossos amigos e namoradas, eles têm razão em tentar identificar o meio em que eles convivem, ou simplesmente o pedigree. Pois na fase de formação do caráter e da personalidade, para os que realmente tem isso, o individuo dito bem criado e de boa formação, que cresceu em condições de valores e padrões de comportamento considerados normais, tem uma maior probabilidade de respeitar e observar mais o EGO e o SUPEREGO que o ID, e não transgredir comportamentos que eles reprovam e são mais capazes de buscar aconselhamentos a pessoas com mais experiência de vida e de boa formação. Há quem confunda isso com melhores padrões financeiros vida.

Mas nada é garantido! Porque se forem se aconselhar com um transgressor, tanto pode piorar, quanto iniciar um processo de deformação de personalidade, comportamento e desvio de conduta. O que justifica a frase: ”diz-me com quem tu andas, que eu te direi quem tu és”!

Dependendo da educação que recebemos, do contexto em que crescemos, dos que convivemos, tomamos como princípios básicos, valores morais e sólidos, que inconscientemente armazenamos em nosso “HD”, na pasta subconsciente como corretos. A “dor na consciência” nada mais é que a atuação, o alarme emitido pelo nosso EGO em consonância com tudo que ouvimos, vimos e cremos ser correto.

Ao longo da vida, nos deparamos com circunstâncias que nos obriga a tomada de decisão e conseqüentemente de atitude, que vai de encontro e conflita com as informações arquivadas nessa pasta subconsciente de nosso “HD”. Sendo que lá, elas foram arquivadas como corretas e à medida que as transgredimos, o EGO, reage, rejeita, dispara alerta e reprova, sinalizando que estamos prestes a cometer uma transgressão dos nossos valores morais.

Ao transgredirmos, posteriormente passamos a nos sentir mal intimamente, e é um sentimento angustiante de lidar; mais conhecido como “consciência pesada”, que nada mais é que o superego atuando, como a voz da consciência lhe acusando.

Porém se, impulsivamente, você resolve transgredir, embora saiba que é uma ação errônea, então você entra em um território muito perigoso. Como por exemplo, em momentos difíceis de sua vida, você passa a se estourar e agredir verbalmente pessoas do seu convívio, depois de cometer essa destemperança por várias vezes, o seu EGO passa a não ter mais aquela pujança, aquela força para repreendê-lo ou acusá-lo, e é bem possível que em determinado momento ele não o acuse ou reprove mais, passando a aceitar como correto, sem remorso, como um meio de defesa ou uma válvula de escape para suas tensões.

É ai que o individuo entra no processo de banalidade de suas ações, o que justifica toda uma família ser tida como brava e agressiva, ou o ato covarde, na medida dos dias atuais, de uma família burguesa possuir escravos, achando tudo muito normal e banalizando o conceito de ser humano.

Esse processo é semelhante ao corretor do Word, que quando se escreve uma palavra errada, ele identifica sublinhando com um traço vermelho; se você der um clique com o botão da direta do mouse e escolher “adicionar ao dicionário”, pronto, mesmo que ela esteja errada, nunca mais ela fará o alerta, arquivando em sua memória como correta.

Essas pessoas tornam-se incapazes de resolver indiferenças através da conversa, do dialogo exemplar, do acordo, passando a utilizar até com filhos e parentes a justiça, constituindo advogados, solicitando indenizações, guarda de netos e sobrinhos, muitas vezes somente para ferir e mostrar seu poder e utilizando-se de ameaças novamente.

E o cérebro humano quando não sente mais o peso da transgressão, em certos casos passa a sentir até uma certa sensação de prazer intenso, e isso se aplica em mentir, roubar, furtar, consumir drogas e trair, enfim você passa a ter desvio de caráter, conduta, personalidade, e não percebe, na grande maioria dos casos, que está caindo no descrédito, na desmoralização pessoal, sendo discriminado e mal falado até pelos parentes.

Por ser um caminho quase sempre sem volta, difícil de ser revertido, mesmo depois de anos de analise, esses indivíduos passam, com toda razão, a serem evitados no circulo de relacionamento, pois um agressor passa a praticar por vicio mesmo, por qualquer motivo, desprovido de qualquer tipo de remorso. Mesmo quando a pessoa agredida foi a errada, ele só tem um sentimento, “tenho que procurar a pessoa certa para falar na cara dela”.

Eu conheço uma pessoa ali que confunde caráter, personalidade, boa criação e boa formação, com situação financeira. Que perdeu a capacidade de se sentir mal intimamente, quando agride o semelhante. É aconselhada por um transgressor, que se esconde por traz das palavras dela. É incapaz de refletir encima de uma boa leitura ou papo, para captar novas informações e exemplos e os utilizar como ferramenta para auto-analise. Que perdeu a capacidade de resolver as indiferenças através da conversa. E não tem consciência literal que todos nos sabemos e propagamos que ela é assim.

E você?

“Garrafa que levou querosene, nunca mais perde o cheiro” e mussarela se escreve com ç!

Todos nós queremos parecer mais altos do que somos!

Vivemos o aumento do consumo, devido ao melhoramento da economia e a busca por tecnologias que tragam entretenimento e facilidades no dia-a-dia. Agora estamos presenciando esse aumento de consumo em caráter doentio, através do culto a si mesmo e da valorização exacerbada da estética como instrumento de poder pessoal, em uma tentativa antiga, mas insana e exibicionista, de mostrar ao mundo que “está no mapa” e faz parte do ciclo cool, no meio do restrito ciclo dos importantes, da classe mais alta.

A priore isso ocorre pela busca da imagem de credibilidade e poder, na tentativa de se tornar uma pessoa interessante, o centro dos holofotes, que mais tem a oferecer do que pedir e que todos querem estar perto. É o culto ao jeito chique de ser. Combinação que leva ao endividamento, dada a tentativa de manter uma suposta sofisticação, quando os recursos financeiros são finitos.

Há também o culto ao elogio, como se fosse um vicio. Algo que se use e traga o beneficio de ser enxergado e elogiado como pessoa de bom gosto; como um procedimento cirúrgico que se faça para manter o aspecto jovial, como forma de transparecer saúde e bons hábitos de vida. Em fim, parece que o lúdico de ser a “princesa” na infância, extrapolou a idade do imaginário, de forma que o mundo quer ser de pele branca, cabelos lisos, eternamente corpinho de 18, ricos, chiques e sonhadores. O problema é que para tanto, estão utilizando o caminho inverso, praticando o ter para parecer ser.

Na realidade, o doentio desse estimulo ao culto do vazio, encontra-se nessa busca paradoxal de afastar as angustias, o complexo de rejeição, a infelicidade, a autoimagem distorcida e a miséria afetiva. É como o prenuncio do apocalipse mental, que sobrepuja o bem estar emocional e as bases psíquicas de sustentação do ser.

Nesse balaio todos fazem parte. Muito se fala que as mulheres são as mais vulneráveis a este bombardeio ao culto do ter e à estética. Mas os homens também refletem esse comportamento através da busca da imagem do sofisticado rústico aventureiro: O cara desenhado de academia, que compões o look com roupas caras de aspecto surrado, cabelo no gel para manter o aspecto despenteado e veículos imponentes pelo valor, luxo, desempenho.

Agora imagine o quanto é desgastante para grande maioria que ainda não “chegou lá”.
Os que moram longe, são assalariados minimamente, possuem cabelos crespos, peles manchadas, siluetas fora das medidas das revistas “fotoshoopingzadas”, andam de transporte coletivo e dependem do governo para lhes prover saúde e educação? Vivemos uma epidêmica!

O discípulo supera o mestre! Enxergando por esse lado, estamos criando gerações e gerações de alienados do saber viver, uma vez que ainda não nos apercebemos da nossa condição de agentes reprodutores de nossa própria miséria emocional e continuamos a colocar filhos narcisistas e “sexistas” no mundo.

Será que dá para sabermos quem nasceu primeiro? foi o ovo ou a galinha? A mídia está como veiculo que nos oferece o que as empresas detectaram como necessidade de consumo que não sabíamos? ou se já éramos veículos de manobra, com bases emocionais voláteis e que vinhemos a esse mundo apenas para fazer um estagio e provar dessa fragilidade? Será de fato, que somos os reféns de futilidades diversas, da cultura machista, da ignorância que tumultua o pensar e o sentir? Ou somos os protagonistas?

A única forma de não sentir a ressaca dessa droga, é tomar mais e mais doses, buscando compensações artificiais, na incontrolável tentativa de manter-se “feliz” ou de não mostrar a nossa depressão e vazio existencial.

Todos nós queremos parecer mais altos do que somos!