Muito tenho
visto em organização, ditas com padrões de atendimento bem definidos, a frieza
dos atendentes. E isso muito me preocupa, pois sei que essas pessoas, embora
estejam em contato diariamente com tantas outras, ao logo do tempo,
sentir-se-ão “sozinhas em meio à multidão”. Fechadas na introspecção, em sua
timidez, em um “padrão” para evitar o erro, de forma que não interagem, não
trocam idéias, não se relacionam, não fazem amigos.
Essas pessoas até atendem de certa forma eficaz, mas jamais eficiente, já que não encantam o cliente.
Sou
Nordestino e confesso que quando viajo a cidades a partir do centro até o sul
de nosso pais é bem mais comum encontrarmos esse comportamento . Alguns
Antropólogos relacionam esse comportamento:
1- As pessoas de metrópoles, que tendem a se resignar mais a
pessoas estranhas;
2- A herança comportamental familiar de imigrantes de países
menos calorosos;
3- A ranços da Historia, que se projetam em descendentes de
famílias imigrantes provenientes da 2° Guerra e;
4- A absorção de modelos de comportamento empresarial de
multinacionais Americanas, japonesas, francesas e alemães, dentre outros, que
de fato, não servem como modelo para se trabalhar em atendimento ao público no
Brasil.
Reconhecemos
que quando somos tratados de forma distante, temos a impressão de estarmos
incomodando, ou pior, de que o atendente se acha superior – É realmente desagradável.
Desde
pequeno escuto que o melhor do Brasil é o brasileiro, justificado por esse
calor humano bem característico de nossa miscigenação. Sim é verdade. E quando
nosso mercado atentava para a indústria do turismo e nossos equipamentos de
recepção hoteleira, infra-estrutura de transporte, comunicação e entretenimento
ainda engatinhavam frente aos Estados unidos e a Europa, nos ainda assim,
conseguimos encantar esses clientes estrangeiros, não apenas pela exuberância e
exotismo de nossas belezas naturais, mas como, principalmente, pela alegria e
gentileza de nosso povo.
Não há
espaço para encantar um cliente no robotismo dos atendimentos das empresas
aérea, nos telemarketings receptivos das empresas de telefonia, nos desdém
típico dos cansados funcionários públicos etc. Na verdade esse comportamento
ainda existe porque somos reféns desses serviços.
Faço aqui um
destaque para a incompetência generalizada de nossos DETRANS, Policias civis e
militares e as equipe de saúde que nos atende através do SUS. É comum a esses
funcionários deixarem de agir como se fosse uma pessoa, repetindo sempre a
mesma coisa, da mesma forma, com os mesmos movimentos errôneos, como robôs do
caos generalizado.
Será que não
temos, pelo menos, uma mente atuante capaz de modificar esse quadro? Ou ainda
teremos de importar modelos estrangeiros falhos que não servem para nossa
cultura?
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