Um dos grandes
prazeres dos aficionados por música é quando elas retornam, fruto do trabalho
de grandes profissionais.
Vi alguém falar
na televisão, que existe um fenômeno do rock que de 20 em 20 anos as novas
geração costumam ressuscitar, curtir, tocar e estudar hits antigos. E isso
ocorre com os outros ritmos também. É fato que uma boa parte da população
parece congelar no tempo e passam a escutar, por toda a vida, sempre os mesmos
hits de sua adolescência. Mas acredito que isso ocorra, pela crença principalmente
de nossos pais, em achar que “a nova musica” realmente não presta.
Muitas Músicas
que foram sucesso há tempos atrás são maravilhosas para serem escutadas uma
única vez, em um único dia, a cada ano, porque na época, ninguém mais as
agüentava de tanto serem repetidas. Tenha noção de que, quem tem uma profissão ligada
a musica e o seu público é de festas que rolam todo o tipo de gênero musical, o
hit da discoteca Macho Macho Man, é
uma pedra no sapato. Aliais, na época em que foi lançada ela já não prestava...
Imaginem o “Nossa
Nossa, Assim Você me mata” daqui a 20 anos?
É do dia-a-dia,
ou melhor, noite-a-noite de quem toca, substituir alguma música que não
gostam, mas que caio no gosto do povo. Seria digamos assim, a que não pode
faltar, mas que são muuuito ruins, porem a pista ama. Substituí-las dá um
trabalho enorme e se faz tentando manter a pista pegando fogo, para não dar
espaço para alguém pedi-lá.
O pesadelo é
quando, um DJzinho ou bandinha, com as devidas desculpas da expressão, “provindos
das profundezas do inferno”, decide ressuscitar uma música ruim depois de 1000
anos de morta, cremada e enterrada no concreto. Tenho visto muito disso na
Internet, mas como o volume de informação dela é gigantesco, graças a deus, parte
da porcaria não vinga e o que há de maravilhoso, quase sempre, ouço serem executadas
em algumas festinhas.
Maravilhoso é
quando elas somem dos CD’s caseiros e voltam em versões remix atualizadas. É a
gloria. Principalmente quando a versão original, que provavelmente perdeu o
pique, volta com suas características respeitadas. Optando-se pela nova
roupagem, é possível presenciar em uma “nova pista” um hit que já foi seu em
outras décadas. Isso não tem preço!
É certo que
alguns músicos e DJs não conseguem repaginar sem tirar a essência e acabam
trazendo de volta o que nunca tocou. Tornando-se, na tentativa de fazer o novo,
ironicamente, ultrapassados. Lançando uma moderna maquina de datilografia, para
uma geração completamente informatizada.
E seguem rumo à
desqualificação de seu trabalho, ou melhor, do trabalho de outro!
E viva a Inovação!
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